Description

O objetivo desse estudo foi analisar a tendência temporal das hospitalizações por enxaqueca no Brasil. Trata-se de um estudo ecológico, de base nacional com dados de hospitalizações por enxaqueca registradas no DATASUS no período de 2008-2019. O número absoluto de hospitalizações por enxaqueca e outras síndromes de algias cefálicas (CID-10 G43 e G44) foi coletado. A incidência foi calculada anualmente, ajustada pelo IBGE e pela ANS. Os dados foram estratificados em duas faixas etárias (20-59 e ≥ 60 anos), por sexo e região. O teste Mann Kendall foi usado para análise da força e direção da tendência. Os dados foram tratados e analisados em ambiente R. De 2008 a 2019 foram registradas 72.361 hospitalizações por enxaqueca no Brasil, sendo 66.7% (48.029) do sexo feminino. Da mesma forma, o sexo feminino apresentou maior incidência em todos os anos analisados e em ambas as faixas etárias. Na análise das séries temporais, nota-se uma tendência crescente significativa para os sexos feminino e masculino, (t=0,79) e (t=0,76), respectivamente. Em relação às regiões, a região Sul apresentou maior incidência em ambos os sexos e faixas etárias. A região Nordeste demonstrou maior tendência de crescimento no sexo feminino (t=0,80) e masculino (t=0,74). Para o sexo feminino, a faixa etária de 20 a 59 anos exibiu maior incidência (11.91/100.000) e ≥ 60 anos apresentou maior incidência para o sexo masculino (10,38/100.000). Observou-se uma tendência de aumento no número de hospitalizações por enxaqueca no Brasil nos 11 anos analisados.

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Tendência temporal das hospitalizações por enxaqueca no Brasil: um estudo ecológico de vigilância epidemiológica nacional com dados do DATASUS

O objetivo desse estudo foi analisar a tendência temporal das hospitalizações por enxaqueca no Brasil. Trata-se de um estudo ecológico, de base nacional com dados de hospitalizações por enxaqueca registradas no DATASUS no período de 2008-2019. O número absoluto de hospitalizações por enxaqueca e outras síndromes de algias cefálicas (CID-10 G43 e G44) foi coletado. A incidência foi calculada anualmente, ajustada pelo IBGE e pela ANS. Os dados foram estratificados em duas faixas etárias (20-59 e ≥ 60 anos), por sexo e região. O teste Mann Kendall foi usado para análise da força e direção da tendência. Os dados foram tratados e analisados em ambiente R. De 2008 a 2019 foram registradas 72.361 hospitalizações por enxaqueca no Brasil, sendo 66.7% (48.029) do sexo feminino. Da mesma forma, o sexo feminino apresentou maior incidência em todos os anos analisados e em ambas as faixas etárias. Na análise das séries temporais, nota-se uma tendência crescente significativa para os sexos feminino e masculino, (t=0,79) e (t=0,76), respectivamente. Em relação às regiões, a região Sul apresentou maior incidência em ambos os sexos e faixas etárias. A região Nordeste demonstrou maior tendência de crescimento no sexo feminino (t=0,80) e masculino (t=0,74). Para o sexo feminino, a faixa etária de 20 a 59 anos exibiu maior incidência (11.91/100.000) e ≥ 60 anos apresentou maior incidência para o sexo masculino (10,38/100.000). Observou-se uma tendência de aumento no número de hospitalizações por enxaqueca no Brasil nos 11 anos analisados.