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Pântanos alimentares são locais onde as opções de alimentos não saudáveis prevalecem sobre os saudáveis. O consumo de alimentos saudáveis pode reduzir o risco de mortalidade por câncer e por doenças cardiovasculares (DCV), mas residir em áreas de pântanos alimentares reduz esse acesso. Este estudo objetivou analisar a associação entre pântanos alimentares e mortalidade por câncer e DCV no Rio Grande do Sul (RS) em 2019. Estudo ecológico e espacial a partir de dados secundários públicos. A identificação dos pântanos baseia-se na densidade de estabelecimentos não saudáveis (que vendem principalmente alimentos ultraprocessados) por 10.000 habitantes. Considerou-se como pântanos os municípios com densidade de estabelecimentos não saudáveis acima do percentil 25. As taxas de mortalidade foram calculadas dividindo-se o número de óbitos por câncer e DCV pela população de cada município por 100.000 habitantes. Análise de regressão linear simples foi utilizada para avaliar a associação entre os pântanos alimentares e as taxas de mortalidade por câncer e DCV. A frequência de pântanos alimentares no RS foi de 75,1%. A taxa de mortalidade por câncer e DCV no RS foi de 207,5 e 88,7 por 100.000 habitantes, respectivamente. Os municípios considerados pântanos alimentares apresentaram, em média, maiores taxas de mortalidade por câncer (β: 9,65; IC95%: -0,28 a 19,57; P=0,057) e DCV (β: 21,12; IC95%: 0,53 a 41,71; P=0,044), porém a associação foi significativa apenas para a mortalidade por DCV. Nossos achados apontam que uma alta oferta de alimentos ultraprocessados pode estar associado a maiores taxas de mortalidade por DCV e câncer.

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Associação entre pântanos alimentares e mortalidade por câncer e doença cardiovascular no Rio Grande do Sul

Pântanos alimentares são locais onde as opções de alimentos não saudáveis prevalecem sobre os saudáveis. O consumo de alimentos saudáveis pode reduzir o risco de mortalidade por câncer e por doenças cardiovasculares (DCV), mas residir em áreas de pântanos alimentares reduz esse acesso. Este estudo objetivou analisar a associação entre pântanos alimentares e mortalidade por câncer e DCV no Rio Grande do Sul (RS) em 2019. Estudo ecológico e espacial a partir de dados secundários públicos. A identificação dos pântanos baseia-se na densidade de estabelecimentos não saudáveis (que vendem principalmente alimentos ultraprocessados) por 10.000 habitantes. Considerou-se como pântanos os municípios com densidade de estabelecimentos não saudáveis acima do percentil 25. As taxas de mortalidade foram calculadas dividindo-se o número de óbitos por câncer e DCV pela população de cada município por 100.000 habitantes. Análise de regressão linear simples foi utilizada para avaliar a associação entre os pântanos alimentares e as taxas de mortalidade por câncer e DCV. A frequência de pântanos alimentares no RS foi de 75,1%. A taxa de mortalidade por câncer e DCV no RS foi de 207,5 e 88,7 por 100.000 habitantes, respectivamente. Os municípios considerados pântanos alimentares apresentaram, em média, maiores taxas de mortalidade por câncer (β: 9,65; IC95%: -0,28 a 19,57; P=0,057) e DCV (β: 21,12; IC95%: 0,53 a 41,71; P=0,044), porém a associação foi significativa apenas para a mortalidade por DCV. Nossos achados apontam que uma alta oferta de alimentos ultraprocessados pode estar associado a maiores taxas de mortalidade por DCV e câncer.