Description

Introdução: A lesão hepática induzida por medicamentos (DILI) é uma reação adversa rara, relacionada à hepatotoxicidade. A notificação pós comercialização ocorre pelo sistema de farmacovigilância, que adota algoritmos de causalidade como Naranjo e Rucam. Objetivo: Compreender a relação de transaminases (ALT) > 5 vezes o limite da normalidade (>5xLSN) com EA associados a DILI e verificar a frequência de relatos ao sistema de farmacovigilância do hospital e do VIGIMED para propor estudo de farmacovigilância ativa (aprovado pelo CEP). Método: Coorte retrospectiva, obtida de prontuários médicos de pacientes internados em 2018 que apresentaram alteração de ALT > 5xLSN. Resultado: Em 2018 encontramos 597 internados com elevação de ALT, 11 deles com transplante hepático. Tratados por diferentes especialidades, 4,7%/n=28 apresentaram níveis acima de 5xLSN. Destes, 67,8%/n=19 foram a óbito com prevalência do CID A41.9 Septicemia não especificada (p Conclusão:A farmacovigilância ativa pode identificar EA associados à DILI pelas alterações nas transaminases. O êxito da investigação da causalidade e do diagnóstico depende da avaliação de risco, adoção de algoritmos de causalidade adequados, monitoramento das enzimas hepáticas e de possíveis biomarcadores.

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Avaliação dos fatores relacionados à hepatotoxicidade, em pacientes internados com alteração das enzimas hepáticas, sob a ótica da farmacovigilância

Introdução: A lesão hepática induzida por medicamentos (DILI) é uma reação adversa rara, relacionada à hepatotoxicidade. A notificação pós comercialização ocorre pelo sistema de farmacovigilância, que adota algoritmos de causalidade como Naranjo e Rucam. Objetivo: Compreender a relação de transaminases (ALT) > 5 vezes o limite da normalidade (>5xLSN) com EA associados a DILI e verificar a frequência de relatos ao sistema de farmacovigilância do hospital e do VIGIMED para propor estudo de farmacovigilância ativa (aprovado pelo CEP). Método: Coorte retrospectiva, obtida de prontuários médicos de pacientes internados em 2018 que apresentaram alteração de ALT > 5xLSN. Resultado: Em 2018 encontramos 597 internados com elevação de ALT, 11 deles com transplante hepático. Tratados por diferentes especialidades, 4,7%/n=28 apresentaram níveis acima de 5xLSN. Destes, 67,8%/n=19 foram a óbito com prevalência do CID A41.9 Septicemia não especificada (p Conclusão:A farmacovigilância ativa pode identificar EA associados à DILI pelas alterações nas transaminases. O êxito da investigação da causalidade e do diagnóstico depende da avaliação de risco, adoção de algoritmos de causalidade adequados, monitoramento das enzimas hepáticas e de possíveis biomarcadores.