Description

Avaliar a percepção de cuidadores de crianças com dificuldades alimentares pediátricas (DAPs) a respeito dos problemas de alimentação de seus filhos. Métodos: Estudo transversal realizado na internação pediátrica com crianças abaixo de 14 anos e seus cuidadores em um hospital público no Sul do Brasil. Coletaram-se dados de prontuário além da aplicação de um questionário. Para avaliar a presença de DAPs foi utilizado o diagnóstico no prontuário. Aprovado pelo comitê de ética da instituição (CAAE nº 65500222300005327). Resultados: Avaliou-se 148 duplas de indivíduos, sendo 54% das crianças menores de 2 anos. As DAPs estavam presentes em 36 (22,8%) dos pacientes avaliados, contrastando aos 40(25,3%) identificados por seus cuidadores. Entre os diagnosticados, 7(19,4%) dos cuidadores negaram a presença de DAP. Desses, 34 (94,4%) já haviam sido internados anteriormente, dos quais 50% tiveram acima de 5 reinternações. Todos os 36(100%) utilizaram sonda para alimentação em algum momento da vida e em 24(66,6%) dos casos foi devido à DAP. Atualmente, 5(13,9%) alimenta-se exclusivamente via oral, 16(44,4%) utiliza via completar (enteral e/ou parenteral) à oral e 15(41,6%) somente via enteral e/ou parenteral. Conclusão: Nota-se discrepância na percepção dos cuidadores em relação ao diagnóstico de DAPs, demonstrando necessidade de investir em educação para identificação e manejo adequado. Fato reforçado pelo alto número de reinternações e uso de vias complementares para alimentação nessas crianças.

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Percepção dos Cuidadores versus Presença de Dificuldades Alimentares Pediátricas: um estudo transversal

Avaliar a percepção de cuidadores de crianças com dificuldades alimentares pediátricas (DAPs) a respeito dos problemas de alimentação de seus filhos. Métodos: Estudo transversal realizado na internação pediátrica com crianças abaixo de 14 anos e seus cuidadores em um hospital público no Sul do Brasil. Coletaram-se dados de prontuário além da aplicação de um questionário. Para avaliar a presença de DAPs foi utilizado o diagnóstico no prontuário. Aprovado pelo comitê de ética da instituição (CAAE nº 65500222300005327). Resultados: Avaliou-se 148 duplas de indivíduos, sendo 54% das crianças menores de 2 anos. As DAPs estavam presentes em 36 (22,8%) dos pacientes avaliados, contrastando aos 40(25,3%) identificados por seus cuidadores. Entre os diagnosticados, 7(19,4%) dos cuidadores negaram a presença de DAP. Desses, 34 (94,4%) já haviam sido internados anteriormente, dos quais 50% tiveram acima de 5 reinternações. Todos os 36(100%) utilizaram sonda para alimentação em algum momento da vida e em 24(66,6%) dos casos foi devido à DAP. Atualmente, 5(13,9%) alimenta-se exclusivamente via oral, 16(44,4%) utiliza via completar (enteral e/ou parenteral) à oral e 15(41,6%) somente via enteral e/ou parenteral. Conclusão: Nota-se discrepância na percepção dos cuidadores em relação ao diagnóstico de DAPs, demonstrando necessidade de investir em educação para identificação e manejo adequado. Fato reforçado pelo alto número de reinternações e uso de vias complementares para alimentação nessas crianças.