Description

Objetivo: Verificar a relação entre o Letramento em Saúde e a adesão terapêutica de pacientes com Diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Métodos: estudo transversal com pacientes DM2, em tratamento medicamentoso há pelo menos seis meses, em atendimento ambulatorial, entre junho e dezembro de 2021. Utilizou-se o questionário Morisky Medication Adherence Scale para avaliar a adesão terapêutica, e a versão adaptada para o Brasil do Test of Functional Health Literacy in Adults que avalia a leitura funcional e entendimento das orientações médicas, variável dependente do estudo. As diferenças foram avaliadas pelo teste de ANOVA e Exato de Fisher e correlação de Spearmann, com nivel de significância de 5%. Resultados: Entre 27 respondentes, a média de idade foi de 62,3 (±10,5) anos, maioria mulheres (66,7%), raça branca (89%) e baixa escolaridade (51,9% tinham até fundamental incompleto). O uso de medicamento oral foi relatado por 89% e 37% insulina. O tempo de doença mediano foi de oito anos e 72% apresentaram hemoglobina glicada até 7%. A média da escala de adesão foi 6,4 (±1,45) e 77,8% foram considerados aderentes. A mediana do teste de letramento foi 66 (IQR 26,5); 48,1% apresentaram conhecimento inadequado e 18,5% limitado. Os menos escolarizados (até fundamental incompleto) tiveram mais letramento inadequado (71,4% versus 23,1%; p=0,035). O letramento em saúde foi correlacionado positivamente a adesão terapêutica (p=0,012). Não foram encontradas outras diferenças significativas nas características clínicas e de adesão. Conclusão: O Letramento em Saúde sofre influência do grau de escolaridade da população estudada, e do nível de adesão.

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Letramento em saúde e adesão terapêutica de pacientes com Diabetes mellitus tipo 2

Objetivo: Verificar a relação entre o Letramento em Saúde e a adesão terapêutica de pacientes com Diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Métodos: estudo transversal com pacientes DM2, em tratamento medicamentoso há pelo menos seis meses, em atendimento ambulatorial, entre junho e dezembro de 2021. Utilizou-se o questionário Morisky Medication Adherence Scale para avaliar a adesão terapêutica, e a versão adaptada para o Brasil do Test of Functional Health Literacy in Adults que avalia a leitura funcional e entendimento das orientações médicas, variável dependente do estudo. As diferenças foram avaliadas pelo teste de ANOVA e Exato de Fisher e correlação de Spearmann, com nivel de significância de 5%. Resultados: Entre 27 respondentes, a média de idade foi de 62,3 (±10,5) anos, maioria mulheres (66,7%), raça branca (89%) e baixa escolaridade (51,9% tinham até fundamental incompleto). O uso de medicamento oral foi relatado por 89% e 37% insulina. O tempo de doença mediano foi de oito anos e 72% apresentaram hemoglobina glicada até 7%. A média da escala de adesão foi 6,4 (±1,45) e 77,8% foram considerados aderentes. A mediana do teste de letramento foi 66 (IQR 26,5); 48,1% apresentaram conhecimento inadequado e 18,5% limitado. Os menos escolarizados (até fundamental incompleto) tiveram mais letramento inadequado (71,4% versus 23,1%; p=0,035). O letramento em saúde foi correlacionado positivamente a adesão terapêutica (p=0,012). Não foram encontradas outras diferenças significativas nas características clínicas e de adesão. Conclusão: O Letramento em Saúde sofre influência do grau de escolaridade da população estudada, e do nível de adesão.