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Objetivo: Comparar a carga de doença renal crônica (DRC) no Brasil de 1990 a 2019 com dados do Global Burden of Disease (GBD).

Métodos: Estudo ecológico com dados do Brasil, segundo o GBD 2019. Foram estimadas contagens e taxas padronizadas por idade dos anos de 1990 e 2019. Prevalência, mortalidade, anos vividos com incapacidade (YLDs), anos de vida perdidos (YLLs) e anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (DALYs) foram apresentadas com seus respectivos intervalos de incerteza de 95% (II).

Resultados: O número de pessoas com DRC no Brasil aumentou de 6,90 milhões em 1990 para 17,40 milhões em 2019, resultando em 42.336 mortes neste ano, sendo responsável por 3% (95% II 2,77-3,15) de todas as causas de morte no país. DRC foi a 9ª causa de morte por doenças crônicas não transmissíveis em 1990, subindo para a 6ª posição em 2019. Entre os anos de 1990 e 2019 as taxas de incidência e prevalência padronizadas por idade aumentaram 0,3 (II 95% 0,26 – 0,35) e 0,14 (II 95% 0,12 – 0,16), respectivamente. Ainda, nesse período as taxas de mortalidade e YLDs padronizadas por idade ficaram estáveis e as taxas de YLLs e DALYs padronizadas por idade diminuíram -0,16 (II 95% -0,20 - -0,12) e -0,10 (II 95% -0,14 - -0,06), respectivamente.

Conclusão: A tendência da carga de DRC mostrou aumento na incidência e prevalência no Brasil. Há recomendações de indicar políticas de saúde para identificar precocemente os fatores de risco de DRC, com o intuito de diminuir novos casos.

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Carga de doença renal crônica no Brasil de 1990 a 2019: resultados do Global Burden of Disease 2019

Objetivo: Comparar a carga de doença renal crônica (DRC) no Brasil de 1990 a 2019 com dados do Global Burden of Disease (GBD).

Métodos: Estudo ecológico com dados do Brasil, segundo o GBD 2019. Foram estimadas contagens e taxas padronizadas por idade dos anos de 1990 e 2019. Prevalência, mortalidade, anos vividos com incapacidade (YLDs), anos de vida perdidos (YLLs) e anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (DALYs) foram apresentadas com seus respectivos intervalos de incerteza de 95% (II).

Resultados: O número de pessoas com DRC no Brasil aumentou de 6,90 milhões em 1990 para 17,40 milhões em 2019, resultando em 42.336 mortes neste ano, sendo responsável por 3% (95% II 2,77-3,15) de todas as causas de morte no país. DRC foi a 9ª causa de morte por doenças crônicas não transmissíveis em 1990, subindo para a 6ª posição em 2019. Entre os anos de 1990 e 2019 as taxas de incidência e prevalência padronizadas por idade aumentaram 0,3 (II 95% 0,26 – 0,35) e 0,14 (II 95% 0,12 – 0,16), respectivamente. Ainda, nesse período as taxas de mortalidade e YLDs padronizadas por idade ficaram estáveis e as taxas de YLLs e DALYs padronizadas por idade diminuíram -0,16 (II 95% -0,20 - -0,12) e -0,10 (II 95% -0,14 - -0,06), respectivamente.

Conclusão: A tendência da carga de DRC mostrou aumento na incidência e prevalência no Brasil. Há recomendações de indicar políticas de saúde para identificar precocemente os fatores de risco de DRC, com o intuito de diminuir novos casos.